A Polícia Civil de Minas Gerais (MG) deflagrou recentemente a “Operação João de Barro”, cujo cumprimento do mandado de busca viu ontem (25) a prisão de um homem acusado de vender iPhones feitos de argila.
O suspeito, que teve seu nome mantido em sigilo durante o processo investigativo, seria um influenciador digital com aproximadamente 300 mil seguidores nas redes sociais, segundo informações do G1.
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As investigações da operação começaram em fevereiro, quando uma das vítimas do acusado registrou boletim de ocorrência (BO) após ter sido enganada: o influenciador anunciou, por meio do marketplace de uma plataforma social, a venda de dois iPhone 15 Pro Max por R$ 13 mil.
Na loja oficial da Apple, uma unidade do modelo sai por valores a partir de R$ 10.999 na versão mais básica. Já a versão mais poderosa, com 1 TB de armazenamento, fica em R$ 13.999. Em São Paulo, uma pesquisa de 2023 mostrou que os smartphones da “Maçã” são o segundo mais “visado” para roubos, atrás apenas da Samsung. No mesmo ano, o governo federal lançou o app “Celular Seguro” para combater a prática criminosa.
Apple iPhone 15 Pro Max
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No dia 23 de fevereiro, a vítima – uma mulher – havia marcado de se encontrar com o suspeito para fazer a compra. Ao chegar à área, ele a ameaçou, afirmando estar armado. De acordo com Gabriel Teixeira, delegado responsável pelo caso, “o vendedor apresentou os dois aparelhos na caixa original do produto. A vítima quis conferir o conteúdo da caixa e, no momento em que ela tentou abrir, o autor a ameaçou, afirmando estar armado e exigindo que ela fizesse a transferência do valor de R$ 13 mil por PIX“.
Diante da ameaça, ela fez a transferência e, posteriormente, ao conferir as caixas, deparou-se com os “iPhones”. Os dois blocos estavam moldados no formato do smartphone da Apple, porém eram feitos de argila.
Nesta quinta-feira, um mandado ordenou a prisão preventiva do suspeito e a busca em sua residência, em Camargos, região oeste de Belo Horizonte. Além dele, o mandado também autorizava a investigação do pai, cujo nome assinava o recebimento do valor feito via PIX. Ambos negaram qualquer crime, mas a Polícia Civil afirma que os indícios são fortes demais, e que ambos foram presos sob acusação de extorsão majorada por uso de arma de fogo.
O delegado Teixeira pediu que outras vítimas, que potencialmente tenham sido lesadas pelo crime, procurem a delegacia para registrar uma denúncia.
Em 2022, a OLX e a AllowMe publicaram um levantamento que afirmava: golpes como “falsa compra” e pirataria de produtos em marketplaces renderam um prejuízo de R$ 39 milhões no primeiro trimestre daquele ano.
(atualizado em 26 de abril de 2024, s 16:28)