Em despacho desta semana, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou que a rede social X (ex-Twitter) explique o descumprimento de decisões judiciais apontadas pela Polícia Federal (PF).
A plataforma tem 5 dias para responder o despacho, sendo que a PF diz que Elon Musk, proprietário da rede social, autorizou que perfis bloqueados pelo inquérito das fake news fizessem lives.
A PF informou, no último fim de semana, que o blogueiro Allan dos Santos, o senador Marcos do Val, os comentaristas Paulo Figueiredo e Rodrigo Constantino fizeram essas transmissões, burlando as ordens do STF.
Para contornar a proibição do STF, os perfis indicados pela PF colocavam links abaixo da descrição. Ao tocar neles, os usuários eram levados para as lives.
Por isso, a PF acredita que essa ação só aconteceu porque a plataforma X permitiu. Comentando o assunto, os representantes da rede social disseram à Folha que respeitam as decisões da suprema corte brasileira.
Além disso, eles também afirmaram:
não houve habilitação do recurso de transmissão ao vivo (live) relativamente às contas e perfis objeto das ordens de bloqueio ou suspensão.
O embate entre a rede social e o STF deve prosseguir, uma vez que Elon Musk tem sido investigado por dar cobertura para “extremistas” e por atacar o ministro Moraes.