Grindr processado por supostamente fornecer status de HIV de usurios a empresas de publicidade

Grindr processado por supostamente fornecer status de HIV de usurios a empresas de publicidade


O Grindr está enfrentando uma ação judicial coletiva por compartilhar informações pessoais de seu público com empresas de publicidade, sem permissão, entre 2018 e 2020. O popular aplicativo de namoro voltado à comunidade LGBTQIA+ admitiu previamente que havia compartilhado status de HIV dos usuários com duas companhias: Apptimize e Localytics.

O processo alega que a plataforma forneceu dados às empresas de publicidade antes do mês de abril de 2018, e então, entre maio de 2018 e abril de 2020. A ação coletiva, movida no Reino Unido, afirma que o incidente pode ter afetado milhares de usuários ao compartilhar seus status de HIV, datas de último exame e outros dados para fins comerciais.

O Grindr anunciou que pararia de compartilhar o status de HIV dos usuários com terceiros em abril de 2018, após um relatório de pesquisadores noruegueses revelar o compartilhamento de dados com as duas empresas de publicidade. O compartilhamento foi interrompido após uma mudança no sistema de permissões do aplicativo em abril de 2020.

Em 2021, o órgão de proteção de dados da Noruega multou a empresa por trás do aplicativo em 65 milhões de coroas norueguesas (cerca de R$ 30,5 milhões) — isto é, 10% de sua receita global — por violar seu regulamento de proteção de dados no meio digital.

Um porta-voz do Grindr disse inicialmente em um comunicado que planejava “responder vigorosamente às afirmações” do processo, que “parecem ser baseadas em uma descaracterização de práticas de mais de quatro anos atrás”. Posteriormente, o representante forneceu um comunicado atualizado ao The Guardian:

O Grindr nunca compartilhou informações de saúde relatadas por usuários para ‘fins comerciais’ e nunca monetizou tais informações.

Austen Hays, escritório de advocacia que representa a parte acusadora, disse que cerca de 670 pessoas se inscreveram no processo em decorrência das violações de privacidade. Os advogados acreditam que alguns usuários podem ter direito a milhares de libras em danos, mas os detalhes devem ser mais precisos conforme o andamento do processo.



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