A Sennheiser é uma das fabricantes de fones de ouvido mais respeitadas no mundo devido a solidez na qualidade de seus produtos. Os pontos fortes comuns a praticamente todos os modelos são: qualidade de som, conforto e durabilidade. Por isso, não é dificil indicá-los para as pessoas que buscam o melhor, embora isso varie de acordo com o gosto para determinada sonoridade que cada um tem.
1. Sennheiser IE 200
Caso você esteja à procura de um fone de ouvindo in-ear com cabos removíveis que não seja muito caro, mas entregue conforto e uma sonoridade equilibrada, o Sennheiser IE 200 pode ser uma escolha interessante. O conjunto que este fone é capaz de entregar de forma simples e objetiva é impressionante em minha opinião, pois seu conforto está dentre os melhores, se não o melhor, que já pude experimentar em um fone in-ear, com exceção dos CIEMs (custom in-ear monitors), mas aí já estamos falando de algo moldado especificamente para o usuário.
A forma do IE 200 é a mesma utilizada pela Sennheiser em vários intra-auriculares, incluindo o IE 100 PRO, o IE 300, o IE 600 e o IE 900. Ela permite que você utilize o fone de ouvido por horas seguidas sem desconforto algum e com um encaixe extremamente seguro nos ouvidos.
Embora o cabo stock (que vem com o fone) do IE 200 seja bem simples, é funcional e não causa microfonia, apresentando boa flexibilidade. Mas caso queira trocá-lo de qualquer forma, indico o fabricante nacional Hi-Fi Cabos BR, que confecciona cabos customizados de alta qualidade.
Com relação ao som, que é o aspecto com maior peso para muitos, notei que o IE 200 possui graves e agudos proeminentes e médios recuados. Porém, notei que os médios são apenas levemente recuados e ainda tem um bom destaque na música.
Os graves e agudos conseguem uma boa coesão com os médios, trazendo uma boa harmonia à apresentação, dando um bom corpo às vozes e um brilho interessante aos pratos da bateria e às cordas das guitarras. O resultado é uma boa musicalidade sem perder a transparência na reprodução dos sons para mostrar os detalhes da música.
Como falo em seu review, o IE 200 não é um fone cansativo de se escutar, mesmo após horas de audição. Se você busca essa característica em um fone de ouvido, a chance dele lhe agradar é grande.
2. Sennheiser IE 600
O IE 600 é uma evolução direta do IE 200 em termos de capacidade técnica. Ele possui um equilíbrio tonal (distribuição de graves, médios e agudos) muito semelhante ao que há no IE 200, como foi dito em seu review.
Aqui há um maior refinamento, com mais extensão, detalhamento e textura comparado ao IE 200. Os graves do IE 600 apresentam grande extensão e textura. Nota-se que há uma atividade maior nos sub-graves e graves, mas sem exagerar nos médio graves, trazendo um peso excelente sem interferir nos médios e agudos.
Indo para os médios, temos um leve recuo, que dá uma sensação de espacialidade maior ao reproduzir os sons dos instrumentos. Felizmente, isso não afetou a nitidez ou a doçura das vozes e dos instrumentos de corda, deixando a apresentação bem coesa.
Nos agudos, percebe-se que há um brilho a mais, além do considerado natural. Porém, essa escolha foi feita de forma consciente em minha opinião, pois não percebi estridência alguma. Há um brilho bonito nos sons dos pratos, com excelente extensão, mas sem ser agressivo.
3. Sennheiser HD 600
Se você quer um fone para ouvir música sem se preocupar se o som de determinada música irá lhe cansar, além de procurar um fone com um grande nível de conforto para escutar por horas, o Sennheiser HD600 pode ser uma boa escolha. Ele é um dos modelos que tenho em minha coleção pessoal e ele não sai dela por um bom motivo, o conjunto de qualidades que ele entrega.
Não é dificil encontrar donos do HD600 que estão com o fone há mais de uma década. O motivo é simples, a qualidade de construção é alta e as peças são facilmente substituíveis, podendo ser compradas com a própria Sennheiser. O próprio usuário pode realizar a substituição e não há a necessidade de ferramentas para isso, como você pode ver no vídeo abaixo.
O Sennheiser HD600 apresenta uma atividade menor nos graves, seu destaque são os médios e agudos, que trazem mais claridade, nitidez, entregando um som mais aberto. Ele costuma mostrar uma grande naturalidade em músicas onde o foco são os médios, conquistando uma grande legião de fãs por isso.
4. Sennheiser HD 560S
Considerado o melhor custo-benefício da Sennheiser para headphones abertos (open-back), o HD560S é um fone de ouvido que entrega um conforto absurdo, sendo até superior ao do HD600, no meu caso. Além disso, sua sonoridade é muito equilibrada, tendo uma boa atividade nos graves, algo que você pode sentir falta no Sennheiser HD600, médios levemente recuados e agudos brilhantes, com boa extensão.
Note que aqui há uma diferença física entre ambos. No HD560S o cabo sai somente por um lado, facilitando o uso para usuários do meio profissional. Saiba mais detalhes sobre o HD560S em seu review.
5. Sennheiser Momentum True Wireless 3
Caso esteja à procura de um fone in-ear TWS que entregue uma qualidade de som acima da média, trazendo um bom nível de detalhes de forma mais equilibrada tonalmente (distribuição de graves, médios e agudos), o Sennheiser Momentum True Wireless 3 pode ser uma boa escolha para você. Nele você encontra médios muito naturais, doces, trazendo um som mais orgânico, que está mais próximo de uma apresentação real.
No Momentum True Wireless 3 (MTW3) há um som dinâmico, onde todos os sons têm um bom destaque. Seus graves ainda estão acima do que é considerado natural, mas como os médios estão mais em linha, a região das baixas frequências não me pareceu tão exagerada, como falo em seu review.
Indo para os agudos, felizmente não senti estridência na grande maioria das músicas e considero que o MTW3 possui um bom brilho e extensão para um fone de ouvido TWS. O palco sonoro Momentum True Wireless 3 possui excelente separação de instrumentos e é possível ouvir tudo com clareza.
O MTW3 permite que ele seja utilizado na academia para praticar musculação. Ele possui certificação IPX4, mas o que realmente contribuiu para seu uso neste topo de ambiente foi seu encaixe, que ficou muito seguro e confortável em meus ouvidos. Através das ear fins (ou ear hooks), pequenos ganchos de silicone prendendo no sulco do ouvido, o Momentum True Wireless 3 fica firme na orelha e não “pula para fora”.
6. Sennheiser Sport True Wireless
Temos como principais destaques no Sport True Wireless suas ear fins (ou ear hooks) para fixar melhor a estrutura do fone no ouvido. Entretanto, a Sennheiser foi além disponibilizando uma combinação de ear tips específicas para diferentes tipos de esporte com seu aplicativo Sennheiser Smart Control, que ativa um processamento de som diferente dependendo da prática esportiva realizada.
Para oferecer um nível de isolamento correto para a prática de exercícios ou esportes, a Sennheiser desenvolveu dois tipos de ear tips (“ponteiras” ou “borrachinhas”) para os modos “Focus” (“Foco”) e “Aware” (“Consciente”). A proposta é oferecer o melhor isolamento possível no modo “Focus” e um isolamento menor no modo “Aware”, como explico em detalhes no review do Sport True Wireless.
Mas de nada adianta todo o cuidado com a experiência para exercícios se não entregar uma boa qualidade de som. Felizmente a Sennheiser manteve sua fama em entregar uma excelente qualidade de som.
O Sport True Wireless possui um bom equilíbrio tonal para a prática de exercícios. No modo “Focus” (“Foco”). percebe-se que há um leve incremento nos graves, mas sem invadir os médios, sendo útil de certa maneira para isolar grande parte dos sons no ambiente quando se quer isolamento. Notei que isso mudou quando alterei para o modo “Aware” (“Consciente”) e, ao que parece, uma equalização foi aplicada ao som.
No modo “Aware” (“Consciente”) tive a impressão de que houve uma diminuição dos médios e agudos, deixando os médios mais destacados. Essa mudança provavelmente foi pensada para permitir uma percepção melhor do barulho do motor de carros, motos e caminhões.
Os médios do Sport True Wireless possuem boa presença, mas senti que eles são levemente recuados. Além disso, me parece que alguns instrumentos e vozes são por vezes um pouco mais finos do que eu gostaria. Indo para os agudos, temos uma presença aceitável, que compõe bem com os graves e médios.